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25 de março de 2017

Homesick for the home I've never had

Encontro-me no mesmo lugar há dias, anos.
Mas nunca me senti tão perdida.
Em todos os aspetos.

Desporto dá saúde e faz crescer, e à conta disso desloquei a rótula. Passo imenso tempo deitada na cama, com a perna esticada. Como muito pouco com medo de engordar, mas como demasiado para não chorar. Passar o dia todo na mesma divisão da casa faz-nos pensar nas coisas mais absurdas, criando problemas inexistentes, ilusões que precisam de ser desfeitas. Acabamos por perceber que estamos sozinhas nesta corrida. E, ao mesmo tempo, acabamos por perceber que escrevemos os sentimentos de uma única pessoa no plural, na esperança de afugentar a nossa solidão.

Podem não acreditar, mas eu inicio a sessão desta conta muitas vezes. Escrevo e reescrevo os meus pensamentos em rascunhos que acabam no lixo. Sinto que nunca consigo encontrar as palavras certas. Ou que mais ninguém iria entender as minhas paranóias esquisitas e inseguranças fúteis. Lembro-me dos tempos em que eu passava aqui horas a desabafar e a escrever sobre as pequenas coisas que me passavam pela cabeça. Saturno era o meu refúgio, mas eu fugi à muito tempo.
A noite será longa. Há muitas coisas que precisam de ser mudadas, e mudanças precisam de ser planeadas. Enquanto a mudança radical não puder acontecer, tenho de mudar umas pequenas coisas ao meu redor.


Os rascunhos serão apagados. Preciso de espaço para novas ideias. E espero poder vir aqui mais vezes. Não posso prometer nada, mas talvez seja seguro dizer que a sereia planeia regressar ao seu planeta.

2 comentários:

Façam-me chegar as vossas ideias e opiniões na caixa de comentários! Muito obrigado por gastarem um pouco do vosso tempo a comentarem o que escrevo, isso significa muito para mim! I love you all to Saturn and back ♥