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30 de abril de 2020

Mágoas Deslindadas

O dia-a-dia é cinzento
E a azáfama inexistente,
Causa-me tanto alento
Só me deixa triste e doente,
Doente de mim mesma
Pois deixei-me acovardar,
A vida tornou-me uma lesma
E isto dói só de pensar.
Mas na correria de outras vidas
Estou sentada e só observo
As mágoas no vento dissolvidas
Enquanto as lágrimas preservo.
Estão num bolso bem guardadas
Ao lado de sonhos meio desfeitos,
Longe de histórias deslindadas,
De tantos momentos imperfeitos
Que moldaram quem eu sou
E moldarão quem eu serei,
O passado muitos danos causou
É a única coisa que apenas sei.

Texto da minha autoria. Não copiar sem autorização prévia. Escrito a 29/10/2019.
Quem é vivo sempre aparece ehehe...

16 de setembro de 2018

umas quantas rotações de lua mais tarde

Se as minhas leitoras tivessem um euro por cada vez que eu vos escrevi a dizer que vou voltar a escrever no blogue regularmente... Não, infelizmente para vocês, ainda não estariam ricas. Mas se eu tivesse um euro por cada vez que pensei para com os meus botões em voltar a fazer um post, estaria de partida para Aruba neste preciso momento.
Autoria: moi. Do bom verão...
Mas, infelizmente para mim, não estou em nenhum aeroporto com uma mala atafulhada de biquínis, chapéu de abas largas nem óculos de sol ao estilo do Kurt Cobain. Sou apenas mais uma adolescente de 17 anos a pensar no dia de amanhã. Pois é, amanhã cá estará a vossa Athena na escola outra vez. Rumo ao 12º ano... *pausa para suspiro*

É estranho pensar que ainda há uns dias eu tinha acabado de criar o blogue, a meio do oitavo ano, e que o deixaria meio que ao abandono durante o secundário. Mal eu fazia ideia do que viria a acontecer... Mas a vida é assim, imprevisível, por vezes impercetível, entre outros "ims", mas acima de tudo, curiosa e emocionante.
E... Bom, cá estou eu, após inúmeras tentativas falhadas de posts que acabaram no lixo, a tentar fazer-vos um pequeno resumo de tudo aquilo que tenho para vos contar sobre a minha vida pessoal desde meados de outubro/novembro de 2016. Se não vos apetecer muito ler, podem terminar a leitura por aqui e deixar um comentário sobre o quão excecionais são os óculos do Kurt ahaha.

Pensando bem, já é tarde. As 9:30h da manhã não é uma hora propriamente má para acordar, mas pode tornar-se um drama para quem passou quase 3 meses a adormecer às tantas e a acordar ao meio-dia. Mas prometo deixar um post em rascunho para me obrigar a voltar aqui.

19 de fevereiro de 2018

Uma forma meio lamechas de dizer "olá"

Foto da minha autoria. Estação do Rossio, Lisboa. 3/12/2017.
Eu escrevo. Eu estudo, eu oiço música, eu tento (a muito custo) manter as séries em dia. Eu durmo, eu rio de tudo e do nada, eu choro. Eu leio, eu apaixono-me, e acabo por sentir que o meu coração está partido. Eu encosto a cabeça na janela fria do autocarro, e observo a "corrida" das gotas de água, não para ver qual delas é a vencedora, mas para ver se os seus caminhos acabam por se cruzar. Eu não mergulho de cabeça, eu entro na água com um estrondoso salto mortal. Eu vou ao fundo muitas vezes, mas acabo sempre por regressar. As indecisões da vida preenchem os meus dias, e estes ora são ocupados, ora são vazios. E de vez em quando, assim de rompante, um pensamento invade a minha mente.
«- Athena, nunca mais escreveste nada no Saturn's Mermaid.
- Ah, pois é. O meu cantinho. Logo arranjo tempo.
- "Logo..."»

Tenho tantas novidades para vos contar... :D

31 de outubro de 2017

Halloweird

Onze da noite. Olhos pesados. Uma luz trémula ilumina o quarto, desarrumado, como sempre. As cordas tocam sons repetidos, por entre os dedos suaves de uma miúda qualquer, tão desleixada como o espaço que a rodeia. Expetativas altas, decepções graves.
A campainha interrompe a melodia triste e melancólica. Abro a porta, e caio no erro de esperar ver a tua cara. Fantasmas pedem por doçura ou travessura. Esqueci-me que estamos na noite mais assustadora do ano. Porque só tu, para me fazeres esquecer da existência do tempo, ao pensar em ti. Não comprei doces, e rezo para que a travessura sejas tu. Pensamentos idiotas, agora afagados por uma outra melodia qualquer que viaja por entre o quarto. Será que para ti é Halloween todos os dias? Não tenho o doce que procuras, e em troca, és travesso, e decides brincar com o meu coração partido.
As cordas encontram-se silenciosas. É possível ouvir o tic tac do relógio. O tempo voltou a existir. Porque o teu fantasma acabou de partir.

Texto da minha autoria, não copiar sem autorização prévia. Escrito a 31/10/2016.


*Escrevi isto há um ano atrás, na noite de Halloween. Lembro-me bem que nessa noite recusei todos os convites para sair, para poder ficar em casa com a minha guitarra e o meu coração partido. Não toco assim tão bem quanto possa parecer no texto, mas o resto da história é verídica (à exceção da última frase pelo menos na altura não era).  As coisas mudam, e um ano depois, lá vou eu tentar gozar a juventude e ter uma noite divertida. Happy Halloween :) *

7 de agosto de 2017

Que comecem os jogos


Não agarrei na tesoura tão confiante como da última vez. As minhas mãos tremiam enquanto segurava no objeto cortante que, lentamente, desenhava um novo corte no meu cabelo liso castanho. Uma franja lateral fez-me viajar para longe, mas não me impediu de me deixar surpreendida comigo mesma. As minhas superstições são vagas, mas é interessante como um mero bolinho da sorte nos deixa a pensar. "Não acredites em tudo o que leias" é, realmente, algo que faz sentido, mas pergunto-me se isso foi dito para me proteger, ou se é apenas mais um jogo que o acaso criou para deixar a minha cabeça tão confusa como o lavatório da casa de banho, sujo com pedaços de cabelo por toda a parte.
O lavatório foi limpo.
A cabeça?
Let the games begin.

4 de agosto de 2017

O drama de encontrar conhecidos na rua

Uma das minhas maiores irritações é encontrar conhecidos na rua. Odeio, odeio, odeio. Não há assim nenhum motivo em especial, não é que eu tenha algo contra os meus conhecidos, mas como sei que este ódio é algo comum, penso que uma parte de vocês me compreende. Já a minha mãe, ou mesmo o meu pai, encontram alguém na rua, ficam a falar durante horas, e a saída que supostamente deveria durar no máximo 20 minutos, acaba por demorar séculooooos. Nem vale a pena referir os temas de conversa, geralmente começam a falar da pessoa X, e terminam no irmão do vizinho do primo de alguém cujo nome vocês nunca ouviram na vossa vida.

Ora, eu cá arranjei uma estratégia para não encontrar os queridos conhecidos que quero evitar encontrar. Basta ir sempre bem arranjada para todo o lado. Isto faz uma confusão tremenda à minha mãe, acabo sempre por ouvir discursos do género "Athena, porque é que estás toda bem vestida e penteada para ir ao supermercado? E para que é que foste pôr perfume?" Querida mãe, podes não saber, mas o perfume cheira a repelente anti gente chata que dispenso encontrar. Borrifo-a ligeiramente com o dito perfume, e lá vamos nós ao supermercado. E não demoramos mais de quinze minutos. Não podia estar mais feliz! :))

P.S.: Caso não consigam arranjar nenhum perfume do género, podem sempre optar por uma peruca, chapéu e óculos de sol.